A 100ª edição do programa Panorama do Seguro trouxe aos internautas um bate-papo com presidente da FenSeg, Antônio Trindade, sobre o momento atual dos seguros de ramos elementares e as novas medidas da Susep. Apresentada por Paulo Alexandre, a atração conta com a participação de Francisco Galiza, Consultor Econômico do Sindseg SP. Estreou em dezembro de 2017 e atualmente tem uma média 10 mil visualizações por edição. “Estamos felizes com essa evolução e não podemos deixar de agradecer o Sindseg SP pelo desenvolvimento desse projeto”, celebrou o apresentador.
Galiza também registrou seu agradecimento ao sindicato e a equipe técnica do programa. Como ocorre tradicionalmente, o consultor também fez seus comentários econômicos. “Estamos vivendo momentos de muitas mudanças e o mercado de seguros não é uma exceção. Ele sofreu muitas mudanças em diversas áreas. Alguns segmentos cresceram no ano passado, como o seguro rural, e outros, como o seguro residencial, têm um potencial muito grande. Por outro lado, outros sofreram retração, como é o caso do seguro de transporte ou até mesmo o de automóvel”, analisou.
A expectativa econômica de Trindade para o segmento para os ramos elementares em 2021 é positiva, Ele afirma estar mais otimista em relação a esse ano do que ele estava em relação a 2020. “Quando comparamos os períodos, podemos perceber que o primeiro trimestre deste ano já foi bem melhor do que o do ano passado. O mercado de seguros cresceu dois dígitos, o que é surpreendente dado o atual contexto que estamos vivendo”, disse.
Para o executivo, as carteiras de garantia e engenharia são as mais promissoras. O seguro de automóvel, que foi fortemente afetado pela crise econômica, também já começa a se reerguer gradualmente. Outros pontos destacados pelo presidente da Fenseg foram o novo marco de saneamento dado e o novo marco do gás. Em sua visão, isso tudo vai gerar atividade de seguros.
Recentemente, a Susep tomou algumas medidas que afetarão o ramo de seguros de elementares, como por exemplo, a circular 621/21, que trata da regulação dos seguros de responsabilidade, e paralelamente a 407, que é a resolução. “Essas mudanças conferem à indústria a condição de, por meio de uma regulação principiológica, fazer coisas diferentes. Saímos de um mundo onde todos os produtos são iguais, com exceção do preço, e agora temos a possibilidade der criar produtos mais focados em nichos, com muito mais qualidade e agilidade, além de atrair novos clientes”, explicou.
De acordo com o entrevistado, a circular também contribui para a digitalização de processos nas companhias de seguros, como, por exemplo, a assinatura dos contratos, que antes eram obrigatoriamente feitas de forma física, pessoalmente. Isso facilita sobremaneira não só a vida dos seguradores, mas também dos corretores e do cliente final. “Em resumo, a novidade é que conquistamos a liberdade de escolher que tipo de produto fazer e qual o tipo de risco a ser assumido, entre outras possibilidades. Esse novo ambiente regulatório propiciará a oportunidade de trabalharmos em nichos e buscar novos consumidores”, concluiu.
Confira a entrevista na íntegra: