O setor de Capitalização não perdeu fôlego e encerrou o primeiro semestre do ano com receitas que totalizaram R$ 11,6 bilhões. O crescimento foi de 8,45% sobre o mesmo período de 2020, de acordo com os números apurados pela FenaCap (Federação Nacional de Capitalização).
Outro ponto importante verificado foi o aumento nos recursos pagos em sorteios, cujo montante superou R$ 633 milhões, alta de 3% em relação ao registrado de janeiro a junho de 2020.
Os títulos tradicionais de Capitalização continuam liderando as vendas, com 71% da arrecadação, seguidos pela modalidade de Instrumento de Garantia (13%), de Filantropia Premiável (12%). As modalidades de Incentivo e Popular somam o percentual restante. Destaque para a modalidade Filantropia Premiável, que apresentou alta de 95%, em comparação a igual semestre do ano anterior.
“O propósito do setor de preservar o mercado foi alcançado. Os resgates se mantiveram estáveis, o que mostra que as pessoas utilizam a capitalização como um instrumento de geração de reserva de emergência”, explica o presidente da FenaCap, Marcelo Farinha. “Este período também abriu espaço para que outros produtos fossem colocados à disposição do consumidor por meio de novos canais de distribuição e venda. O período de distanciamento serviu como um laboratório de testes para ações de inovação que agora passam a fazer parte do dia a dia das empresas associadas”, diz ele.
No caso dos produtos de Filantropia Premiável, o aumento pode ser justificado por dois caminhos: o boom de lives de diversos artistas, que utilizaram soluções de sorteios para atrair os fãs, e também uma empatia maior da população com as causas sociais, dado o período de pandemia.
Nos títulos de Filantropia Premiável, o consumidor cede o direito de resgate de sua reserva para uma instituição previamente credenciada pelas empresas de Capitalização, permanecendo com o direito de concorrer a prêmios. De janeiro a junho deste ano, esses produtos contribuíram com um apoio de mais de R$ 558 milhões às entidades filantrópicas.
Por regiões, o Sudeste manteve a liderança na receita da comercialização de títulos, com 58% dos negócios realizados em seus estados, seguido pelo Sul (19%), Nordeste (10%), Centro-Oeste (9%) e Norte (4%). Isso garante ao segmento presença em todo o território nacional.