Revista Segurador Brasil

NENHUM MUSEU PÚBLICO NO BRASIL TEM SEGURO, DIZEM ESPECIALISTAS

O jornal Valor Econômico registra que nenhum museu brasileiro em qualquer esfera, federal, estadual ou municipal, tem seguro para proteção do acervo permanente, que incluiria também a cobertura a danos nos edifícios, segundo afirma o especialista em gestão de segurança da seguradora e resseguradora britânica JLT, Roberto Muniz.

A diretora de seguros patrimonial e responsabilidade civil da Marsh Brasil, Eduarda Tenes, também reforça esse cenário. “É possível que grande parte dos museus no Brasil não tenha seguro”, diz.

Museu Nacional não tinha seguro contra incêndio nem para acervo

O Estado de S. Paulo completa que o Museu Nacional, localizado na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão (RJ), não tinha qualquer tipo de seguro para atenuar os prejuízos do incêndio que engoliu uma instituição bicentenária e que abrigava um acervo com mais de 20 milhões de itens. É fato que para as obras de arte e o conteúdo histórico é praticamente impossível contratar uma apólice. Até mesmo porque, as perdas, que são calculadas para a precificação de um contrato de seguro, são quase sempre irreparáveis. Mas para a sua estrutura não.

O Museu Nacional também não tinha qualquer tipo de proteção contra incêndio ou gerenciamento de risco, a despeito da sua importância para a cultura e história brasileiras. Uns três pontos de sprinklers, os chamados “chuveiros automáticos”, seriam suficientes para conter o início do fogo em um ambiente do Museu, de acordo com o diretor-geral do Instituto Sprinkler Brasil (ISB), Marcelo Lima.

Não é só o Museu Nacional. A maioria dos museus no Brasil não possui sistemas de sprinklers, segundo o ISB. Pesa, sobretudo, o fato de a legislação só exigir o sistema de proteção para empreendimentos novos ou que passaram por grandes reformas e também resistência por parte da comunidade cultural que teme prejuízo às obras.

 Fonte – Boletim Sindseg-SP – 4/9/2018

 

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