Revista Segurador Brasil

Novas conexões e oportunidades de negócios

No encerramento do Connection 2021 (foto), o presidente do CCS-RJ, Luiz Mário Rutowitsch, ao lado da diretora secretária do Clube, Dayse Magesti. No telão, alguns dos associados. E o diretor financeiro do CCS-RJ, Marco Marques, ao lado do fundador da Educa Seguros, Anderson Ojope

Foram mais de 20 horas de transmissão, online e gratuita, ao longo de dois dias – mais da metade deste tempo com painéis e entrevistas realizados ao vivo. Ao final do evento, o presidente do Clube dos Corretores do Rio de Janeiro (CCS-RJ), Luiz Mario Rutowitsch, ressaltou: “Estamos muito felizes com os resultados obtidos neste Connection 2021. O evento obteve êxito e as informações de qualidade fornecidas por todos os palestrantes e debatedores serão incorporadas ao cotidiano de trabalho do corretor de seguros”, destacou Rutowitsch. O fundador da Educa Seguros, Anderson Ojope, correalizador do evento, complementou: “O Connection 2021 foi uma oportunidade ímpar para todos os envolvidos, e nós estamos muito orgulhosos do resultado final. Tivemos espaços que trataram da importância e visão das mulheres, demos ênfase no gerenciamento de risco e conseguimos, mais uma vez, comprovar o papel central do corretor de seguros em meio ao nosso mercado.”

Com a pandemia, o seguro de saúde tornou-se um dos produtos mais procurados no mercado. O painel RH + colaboradores satisfeitos: receita recorrente para os corretores de seguros, com mediação do diretor executivo e comercial da D’Or Consultoria, Pedro Monteiro, deixou claro que é necessário popularizar este tipo de cobertura: “Apesar de ser muito importante, por se tratar da saúde das pessoas, os planos ainda estão muito restritos a grandes empresas. E ficaram cada vez mais caros com o passar dos anos”, afirmou Monteiro. O diretor de mercado da MAG Seguros, Alfeo Marchi, mostrou algumas das ações para reverter o quadro anteriormente apontado: “A possibilidade de diferentes coberturas, com maior ou menor abrangência de médicos e hospitais, por exemplo, pode ser uma grande solução”, destacou.

A diretora de produto e relacionamento da Moltrio Insurance, Cida Amaral chamou a atenção para o que deve ser prioridade do corretor de seguros: “O mais importante é ter uma disciplina para prospectar, bem como manter um processo consolidado para tal”. E o superintendente regional RJ/SP da Capemisa Seguradora, Paulo Henrique Gomes, destacou o papel do corretor: “Ele deve repassar ao cliente informações valiosas que o tornam, cada vez mais, um consultor dos clientes. Com os clientes de pequenas e microempresas, isso ainda é mais viável”.

Na sequência, outro painel focou na popularização dos planos – Ramos Elementares: a redescoberta dos seguros básicos, com a mediação do diretor financeiro do CCS-RJ, Marco Marques. “Considerando o aumento dos microempreendedores no Brasil e o cenário da pandemia, revisamos todos os produtos e processos da companhia, tornando-os mais simples para os consumidores”, destacou o superintendente executivo da Bradesco Seguros, Pablo Guimarães. Já o diretor de Produtos Automóvel e Massificados da HDI Seguros, Marcelo Silva de Moura, enfatizou a necessidade de personalizar os produtos: “Estamos lançando trabalhos em conjunto com corretores, para que nossos próximos lançamentos sejam cada vez mais eficientes para o consumidor”.

O sócio da Aris Corretora de Seguros, Thiago Fecher, observou como a cultura dos brasileiros influenciam no fechamento de negócios em nosso setor. “Heranças culturais levam à população a não se sensibilizar sobre os riscos que corremos no dia a dia. O papel do corretor é sensibilizar o segurado em relação ao risco. Eu costumo fazer um exercício que é levar o segurado para fora da empresa dele e, da calçada, perguntar: “E se a sua empresa pegar fogo, tiver um incêndio… Como você vai reagir? Você tem caixa para cobrir os prejuízos?”, comentou Fecher. E a superintendente de Massificados da Allianz, Ana Freitas, ressaltou as oportunidades nos seguros de residência: “O seguro residencial é muito amplo e precisamos falar mais sobre ele, para que todos possam entender a necessidade e o auxílio que ele causa para as pessoas.”

A união faz negócios – O último case da Connection 2021, Somando forças: os desafios e benefícios na fusão de duas corretoras de seguros, apresentou a história de Gustavo Andrade e Ygor Sydharta. Amigos de longa data, cada um tinha sua trajetória profissional, até montarem a própria corretora: a VSX Seguros. “Eu percebi a necessidade de junção com o Gustavo. Eu sabia que tinha que fazer, mas não sabia como executar. Então, o Gustavo veio com definição de processos e controle gerencial, e eu fiquei com a parte comercial e de relacionamentos. E então, nossa empresa começou a evoluir absurdamente”, contou Sydharta. “É fundamental entender se os valores do outro são compatíveis com os seus para saber até que ponto essa fusão será benéfica para ambos”, acrescentou Andrade.

O Gerenciamento de riscos e o papel do corretor de seguros foi o tema da entrevista final do Connection 2021. Na conversa com o presidente do Conselho Deliberativo da ABGR Brasileira de Gerência de Riscos (ABGR), Haroldo Alves Araújo, o head of insurance da Hydra, Christian Negreiros Mendonça, ressaltou a importância de estar sempre antenado ao mercado.  “Um bom gerenciamento de risco é também um exercício de imaginação. Ser visionário, atualização constante e constância no uso dos melhores métodos é essencial para o gerente de risco”, destacou o executivo.

Após uma grande expansão do ramo por conta da pandemia, o painel A onda dos seguros de vida: o que esperar do ramo em 2022?, mediado pela diretora secretária do CCS-RJ, Dayse Magesti, tentou desvendar quais os melhores caminhos para quem trabalha com esse produto.

“Esperamos um crescimento contínuo no ramo de vida. O uso da inteligência artificial para identificar os hábitos de consumo dos clientes. E vão ocorrer muitas novidades, como a ampliação do rol de doenças graves que serão cobertas”, ressaltou a diretora de Distribuição e Planejamento do Vida em Grupo da Prudential, Paula Bernardoni. Já o diretor de Vida e Previdência da SulAmérica Seguros, Victor Bernardes, disse acreditar “na democratização dos seguros de vida, mesmo que seja para um primeiro produto, mesmo para aquelas pessoas que ainda não constituíram família”.

“O recado principal é para o corretor: espero que ele não deixe de ir ao cliente! Não existe produto barato ou caro: existe o produto certo para cada cliente”, enfatizou o diretor de mercado da MAG Seguros, Alfeo Marchi. “O corretor precisa pensar como nós, do lado das seguradoras, e não achar que o consumidor não quer determinado produto. Não tem que achar que o único produto que vende é seguro para carro”, completou o Superintendente Comercial da Bradesco Seguros, Abilio Riomayor.

A nova Lei de Licitações e seus impactos para o Seguro Garantia foi o assunto da última palestra do Connection 2021. O vice-presidente da Junto Seguros, Roque de Holanda Melo, mostrou que é possível trabalhar totalmente online com este ramo tão importante para o setor público brasileiro. Destacou também o pioneirismo da Junto Seguros no ramo: “Somos a primeira seguradora digital que trabalha com Seguro Garantia no país. Temos uma plataforma completa, com informações adicionais sobre o ramo”, destacou Melo.

O Estado do Rio de Janeiro teve também um painel para chamar de seu-  Rio de Janeiro: desempenho e potencial de crescimento do mercado local, com a medição do diretor financeiro do clube, Marco Marques.

Abordando aspectos do Rio de Janeiro, o presidente do Clube Vida em Grupo (CVG-RJ), Octávio Perissé, celebrou o aumento das vendas no ramo Vida. “Nosso nicho de mercado ganhou muito protagonismo nos últimos meses. E o mercado de seguros deu uma resposta muito rápida aos consumidores”, disse Perissé. Já o diretor territorial da Mapfre, Elson Azevedo, pontuou que “a pandemia apenas acelerou o desenvolvimento das seguradoras no campo da tecnologia.”

“Muitos olham para o passado e entendem que, depois de grandes crises, tivemos momentos de pujança na economia. É para essa perspectiva que precisamos nos preparar”, concluiu o diretor da AECOR-RJ e vice-presidente de Comunicação da Fenacor, Amilcar Vianna.

Lugar de mulher é no mercado de seguros – Personagem de muito destaque no Connection 2021, a mulher – ou melhor – as mulheres fecharam com chave de ouro o último painel desta edição: Conexão, Evolução e Negócios: Pilares que movem o mundo, com mediação da diretora do CCS-RJ, Dayse Magesti, e da gerente de projetos da Educa Seguros, Marina Zanco.

A diretora-executiva de Negócios Corporativos e Saúde da Allianz, Karine Barros, começou destacando que “graças à evolução tecnológica, apesar de termos ficado muito longe uns dos outros por causa da pandemia, conseguimos fazer novas conexões”. E complementou: “Claro que nada substitui as reuniões presenciais: estar junto é muito importante. E valorizarmos muito ter conseguido manter nossas parcerias com corretores e operadores.”

Para a Diretora Comercial da Benevix, Vanessa Kischner, “é importante ressaltar que, apesar da distância entre as pessoas, a pandemia trouxe muita coisa nova em relação a oportunidades para o mercado”. “Nos seguros de saúde, por exemplo, houve muitas novidades, como as assinaturas digitais, novos aplicativos e a automatização dos processos”, observou.

E a gerente comercial corporativo da Unimed-Rio, Andrea Damásio, finalizou destacando a importância da realização de um evento feito por corretores de seguros, para corretores de seguros: “O Connection 2021 mostrou isso: a gente tem que trabalhar de mãos dadas. O corretor tem que trabalhar com a seguradora, com a cooperativa médica. Procurar saber quantas oportunidades tem de negócios. Isso é o mais importante.”

“Saímos com uma bagagem profissional rica e atualizada e plenamente conectada ao novo cenário de atuação dos profissionais do setor. Agradecemos a todos que acompanharam esta jornada de sucesso e desde já fica feito o convite para o Connection 2022”, finalizou o presidente do CCS-RJ, Luiz Mário Rutowitsch.

Números – O Connection 2021 transmitiu mais de 20 horas de conteúdo, totalmente online e gratuito, com mais de 70 palestrantes e convidados, vários deles das maiores seguradoras do país. Durante dois dias, 15 e 16 de setembro, o Connection 2021 reuniu, no mesmo espaço virtual, corretores, executivos, empreendedores entre outros players do mercado de seguros de todo o Brasil. Mais de 2 mil inscritos assistiram à programação.

Com o lema “Conexão – Evolução – Negócios”, o Connection 2021 teve como principal objetivo desta edição conectar corretores de seguros de todo o país, para que eles aproveitem oportunidades entre si e com os diferentes players do mercado de seguros.

Patrocinadores – Unimed-Rio, Capemisa Seguradora, Bradesco Seguros, Allianz, MAG Seguros, SulAmérica, Benevix, BrasilPrev, HDI Seguros, Junto Seguros, Liberty Seguros, Rede Lojacorr, MAPFRE, Moltrio, Porto Seguro, Prudential, Resolvida – Solução Digital em Seguros, Segfy, Seguros Unimed, Sicoob Coopvale e Tokio Marine. Apoio Institucional: ABGR, ANM, Sou Segura, ACONSEG-RJ. Mídia especializada: Revista Segurador Brasil, Revista Apólice, Blog do Corretor, Revista Cobertura, CQCS, Diário Comercial, Revista/Portal Fator Brasil, Revista InsuranceCorp, Jornal Nacional de Seguros – JNS, JRS, Monitor Mercantil, Editora Roncarati, Agência Segnews,  Revista Seguro Total, Seguros.inf., Blog Sonho Seguro, Panorama Seguro.

Evolução digital: robôs ou corretores de seguros?

Com a tecnologia em evolução constante, painel debate como ainda é fundamental um atendimento humanizado aos clientes

Painel “Planejamento financeiro: área de oportunidades para os corretores de seguros”, mediado por Paulo Machado, um dos fundadores do Clube dos Corretores e Consultores de Benefícios do Rio de Janeiro (CCCB-RJ)

Que a tecnologia veio pra ficar, nós já sabemos. E se hoje fazemos quase tudo através de formulários e robôs, pelo celular e computador, o painel Transformação digital: o caminho para a evolução do corretor de seguros debateu os caminhos a serem seguidos no atendimento humano aos clientes. Mediado pela influenciadora digital Maria Luiza Melo (@amarialuizamello), do canal Segura Essa, o primeiro evento do segundo dia do Connection 2021 mostrou que o corretor de seguros ainda é figura fundamental no mercado, mas que é preciso fazer adaptações.

“O corretor continuará a ter papel preponderante no setor. E, com a transformação digital, ele deve se tornar cada vez mais um conselheiro dos clientes, aumentando a confiança do consumidor, ao nosso mercado”, enfatizou o CEO da Rede Lojacorr Corretoras de Seguros Independentes, Diogo Arndt Silva. Para o presidente do Sistema de Cooperativas Financeiras do Brasil (Sicoob Coopvale), Angelo Galatoli, “a venda direta, sem a intermediação do corretor de seguros, para o cliente facilita a aquisição do produto – hoje, essa já é uma realidade no setor financeiro e de seguros”. “O papel do corretor, neste cenário, será incrementado com as inovações do nosso mercado, dando mais tempo para se dedicar ao pós-venda”, observou Galatoli.

O CEO da Segfy, Marcos Roque Villa, não acredita que o corretor será relegado a um papel secundário. “O corretor deve fazer um atendimento cada vez mais humanizado para os clientes. A tecnologia vem para a personalização dos seguros”, ressaltou Villa.

Na sequência da manhã, uma história inspiradora no case Empreendendo com propósito: a trajetória de superação do Elizeu Dias. O sócio da corretora Tudo Seguro, Elizeu Dias, conta como, apesar da tragédia sanitária que acometeu o planeta, conseguiu um crescimento de mais de 100% em sua empresa. “Tomamos medidas por conta da pandemia, mas crescemos mais do que o dobro após março de 2020. Contratamos mais pessoas, por acreditar que deveríamos ter mais produtividade”, explicou Dias.

O mesmo otimismo pode ser visto na palestra Propósito de vida #VaiDarCerto, com o diretor Comercial, Produtos e Marketing da Unimed Seguros, Elias Leite. Ele destacou que acreditar firmemente no propósito de proteção às pessoas e bens, através dos seguros, é fundamental para trabalhar neste mercado. “Em determinado momento da minha vida, deixei de ser médico de cabeça e corpo, e me voltei a resolver problemas mais complexos das pessoas, relacionadas ao bem-estar completo delas”, contou Leite.

O segundo e último painel da manhã, Planejamento financeiro: área de oportunidades para os corretores de seguros, mostrou um novo filão de negócios no setor. Mediado por Paulo Machado, um dos fundadores do Clube dos Corretores e Consultores de Benefícios do Rio de Janeiro (CCCB-RJ), o painel foi um dos mais acessados do evento.  “Costumo dizer que o mercado financeiro são blocos de Lego: são iguais para todos. Como você vai organizar, o que você vai construir com os blocos, isso é que faz a diferença. E sempre levando em consideração que, no fim, o mercado é feito de pessoas, seres humanos”, observou o superintendente Comercial de Novos Canais da Brasil Prev, Rodrigo Caravelli Martins.

O vice-presidente de Investimentos, Vida e Previdência da SulAmérica Seguros, Marcelo Mello, destacou um ramo com grandes chances de crescer nos próximos anos. “A gente não pode deixar de considerar os seguros de vida em nosso planejamento. É um dos produtos com maior potencial”, afirmou. E o diretor corporate da MAG, Luis Felipe Brito Maciel, concluiu: “O nosso setor ajuda a construir um país melhor de verdade, sem figura de retórica. É preciso empreender bastante, cada vez com mais capacitação, porque as janelas estão abertas. Aliás, as janelas estão escancaradas de oportunidades.”

Seguros inclusivos, LGPD e as mulheres no setor

Também estiveram em debate os motivos pelos quais o Brasil é um dos países que menos consome seguros de vida, e as inovações dos planos de saúde durante a pandemia

A segunda parte do primeiro dia do Connection 2021 começou com uma palestra que surpreende muita gente, ainda mais depois das centenas de milhares de mortes no Brasil pela Covid 19: Por que as pessoas não compram seguro de vida? Segundo estudo da Universidade de Oxford, apenas 8% da população brasileira possui seguro de vida. O CEO da Station Cor e influenciador digital de seguro, Rodrigo Rosa, ressaltou que é preciso haver uma mudança na cultura de seguros dos brasileiros.

“Dizer que seguro de vida atrai morte é o mesmo que dizer que estepe atrai pneu furado, ou que fechadura atrai ladrão. Essa é uma das principais crenças limitantes no seguro de vida”, observou Rosa. Em seguida, no case Especialização: o ponto de virada para o crescimento da AG Plan Corretora de Seguros, Alex Guedes, diretor da empresa, enfatizou a importância das conexões diretas no mercado. “Entrar em contato com o cliente e buscar indicações são dicas importantes para o corretor de seguros. Buscar união com outros corretores sempre é uma boa saída”, ressaltou.

O primeiro painel da tarde debateu Seguros para médias e grandes empresas: as expectativas e necessidades dos gerentes de riscos. Mediado pelo chefe de Departamento Financeiro da Eletrobras Eletronuclear, Luiz Otavio Artilheiro, o foco foi no corretor e sobre como deve resolver os problemas do cliente.

“O diferencial do corretor de seguros, para mim, é o bom relacionamento e a capacidade de me oferecer ideias e soluções para os problemas do cotidiano”, ressaltou a coordenadora de seguros, garantias e previdência da AES Brasil, Fernanda Bosan. Para o gerente de riscos da Martins, Idenes Magalhães Júnior, “o primeiro passo, para o corretor de seguros, é entender sobre o negócio do cliente e oferecer o que vai atendê-lo”. E completou questionando: “Você, corretor de seguros, conhece realmente o seu cliente?”

O insurance manager da Iochpe-Maxion e conselheiro da Associação Brasileira de Gerenciamento de Risco (ABGR), Wilnner Eduardo Silva, destacou a importância de melhorar sempre a relação custo-benefício do seguro contratado. “Nossa intenção é fazer avaliações constantes. Eu não quero apenas fazer uma renovação no seguro, por exemplo, mas sim conquistar benefícios para a minha empresa”, explicou ele.

LGPD – Na sequência, uma entrevista do jornalista Bernardo Tabak, da VTN Comunicação, com o  CEO da Diferenciall, Alexandre Pinto, tratou de um assunto imprescindível para o mercado de seguros hoje: LGPD – O que você realmente precisa saber. “A grande questão da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) não está nas multas, que podem ocorrer e serem pesadas, mas sim na reputação. As grandes empresas vão se adequar e querem que seus prestadores de serviços também estejam adequados, pois a lei fala sobre o controlador e o operador. A seguradora é a grande controladora dos dados, e os corretores são os operadores”, sintetizou Pinto.

O segundo painel da tarde tratou de Seguros inclusivos: uma oportunidade para o corretor de seguros. Com a mediação do presidente da Associação Nacional das Microsseguradoras (ANM), Edson Calheiros, o tema girou em torno de como fazer com que grupos sociais ainda não atendidos plenamente pelo mercado tenham acesso à proteção. “O crescimento do digital no nosso setor faz com que o seguro se transforme em uma ferramenta importante, em especial com a criação das poupanças sociais”, observou o diretor comercial da Sudaseg Seguradora, David Novloski. Já o CEO da Europ Assistance, Newton Queiroz, concluiu: “O corretor vem se reinventando para ofertar novos produtos e soluções para seus clientes. O seguro inclusivo é muito útil para diferentes públicos.”

Em seguida, o especialista da Search Optics, Eduardo Cortez, apresentou a palestra Como fazer 30 vendas em 30 dias no segundo maior mecanismo de buscas da Internet. E revelou qual é essa ferramenta: “Se você está interessado em apostar em algo novo para impulsionar de vez as suas vendas, o Youtube é o melhor caminho. E a hora de apostar é essa.”

O penúltimo painel do primeiro dia tratou de uma das coberturas mais vendidas do país: Saúde digital: as novas demandas do consumidor de planos de saúde. Mediado pelo ex-presidente do CCS, Fabio Izoton, representantes de grandes seguradoras do país contaram como se adaptaram ao cenário da pandemia e continuaram a conquistar clientes. “A Bradesco Seguros sempre se coloca na vanguarda das melhores iniciativas para os clientes. Em meio ao cenário atual, realizamos iniciativas como a implementação da telemedicina e investimento na maior capacitação dos nossos corretores”, destacou o superintendente comercial da Bradesco Seguros, Emanuel Nascimento.

O atendimento virtual também foi a aposta da Unimed-Rio. “Hoje, conseguimos que os pacientes tenham contato à distância não com médicos aleatórios, mas sim com aqueles que ele já consultava antes da pandemia”, contou o superintendente de Mercado e Operações da empresa, Mauro Madruga.

Mulheres em destaque – O encerramento do primeiro dia do Connection 2021 foi delas, no painel Desafios e experiências das mulheres no mercado de seguros. À frente do debate estava a presidente da Associação das Mulheres do Mercado de Seguros – Sou Segura, Simone Vizani. Entre as convidadas, a head de Energy & Construction para América Latina da Allianz, Patrícia Merluzzo, que afirmou já ter passado por constrangimentos: “Eu nunca vi discriminação explícita entre homens e mulheres no nosso mercado, mas passei por situações que foram questionáveis.”

Já a diretora Comercial da SulAmérica, Solange Zaquem, contou que nunca se preocupou em “dividir espaço com os homens”. “Eu pensava sobre o quanto estava preparada para exercer os cargos que me eram concedidos. Foi uma escolha minha”, explicou.

A Head of Specialty LAC da Marsh McLennan, Paula Lopes, ressaltou a importância da paridade entre os gêneros no setor. “As lideranças precisam dividir suas experiências, se comprometerem com a igualdade salarial entre homens e mulheres e investir mais em projetos de coaching e autoconhecimento”, ressaltou ela. No final, a risk manager – Especialista de Seguros da Samarco, Roberta Nascimento, resumiu o sentimento de todas: “Almejo que, um dia, falar sobre a presença das mulheres na liderança do setor seja tratado com mais naturalidade. Mais inclusivo e com menos ‘pé atrás'”.

O futuro do mercado de seguros no pós-pandemia

Segunda edição do evento debateu a participação das mulheres no setor e as novidades no seguro Auto, além da substituição dos veículos movidos à combustão pelos elétricos

A manhã do primeiro dia do Connection 2021 foi repleta de bons conteúdos e troca de experiências sobre o mercado de seguros. Logo na abertura, muito otimismo em relação à ampliação dos negócios no curto prazo, com a esperança de que estamos chegando ao fim da pandemia pelo novo coronavírus. “Acredito que neste segundo semestre vamos ver um aquecimento considerável do setor, com a rotina voltando à normalidade”, destacou o presidente do CCS-RJ, Luiz Mário Rutowitsch.

A diretora secretária do CCS-RJ, Dayse Magesti, reforçou a importância da participação das mulheres no mercado, “com sua inteligência e sensibilidade para fechar grandes negócios”. Já o diretor financeiro do CCS-RJ, Marco Marques, observou a necessidade de união neste fim de pandemia, e que “os prestadores de serviços do setor, essenciais para o funcionamento como um todo, sejam vistos como parceiros das empresas e corretores, sempre com o objetivo de melhorar o ambiente de negócios”.

O fundador da Educa Seguros, Anderson Ojope, enfatizou a importância do evento neste momento de virada no setor. “Nesta segunda edição, vamos buscar, juntos, as melhores formas de retomar as atividades do setor, junto àqueles que são os mais atuantes junto aos clientes: os corretores de seguros”, ressaltou Ojope.

Desafios – O primeiro painel do Connection 2021, Panorama de mercado: o que o corretor de seguros pode esperar para 2022?, tratou exatamente do que é o mais essencial neste momento de superação da pandemia “O corretor de seguros precisa e está ajudando as pessoas a se conscientizarem sobre os riscos que passam no dia a dia”, afirmou o diretor comercial da Capemisa, Fabio Lessa.

O diretor da organização de vendas da Bradesco Seguros, Leonardo Freitas, vê com muito bons olhos as possibilidades para o setor em 2022: “A economia global vai crescer acima da média durante o próximo ano. E o mercado de trabalho formal vai se recuperar para os patamares anteriores à pandemia”.

O superintendente geral da Unimed, Mario Salomão, destacou a importância da capacitação dos corretores de seguros”. Além do conhecimento do mercado, o corretor precisa conhecer a sociedade como um todo, para, desta forma, entender as necessidades dos clientes”, enfatizou.

Na sequência da manhã, o case criando sua própria corretora de seguros: os desafios e trajetória de Janete Melo, ela conta como, depois de ter trabalhado como costureira e vendedora de shopping, fundou a D’Melo Corretora de Seguros, onde hoje é diretora. “A lição que aprendi quando atuei junto a um banco é que ninguém te ensina nada. Levantar o perfil antes, estudar a real necessidade faz toda a diferença na hora da reunião com cliente”, observou-se Janete.

No Connection 2021, as mulheres foram muito bem representadas. Na entrevista “A mulher que consome seguros”, a conselheira consultiva da Sou Segura – Associação das Mulheres do Mercado de Seguros, Marcia Ribeiro, conversou com Mellina Senra, risk manager – especialista em seguros da Eneva, que reforçou como a participação delas está mexendo com o mercado. “Eu vejo um grande movimento de ascensão das mulheres no mercado de seguros. O maior tempo de qualidade com a família é uma das principais mudanças das consumidoras nos últimos meses”, ressaltou ela.

Seguro Auto e o fim do veículo à combustão – Mediado pelo diretor da Associação Estadual dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (AECOR-RJ), Jayme Torres, o segundo painel da manhã colocou na pauta duas das principais revoluções que o setor vai atravessar nos próximos anos: Novas soluções de mobilidade urbana, carros elétricos e o futuro do Seguro Automóvel. No começo do mês, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) promoveu uma mudança na legislação do seguro Auto, que permitirá ao cliente segurar apenas o que achar necessário para seu veículo – só roubos, ou apenas acidentes com terceiro, por exemplo.

“As mudanças realizadas pela Susep buscam flexibilizar as coberturas, para ter mais possibilidades e ampliar o mercado consumidor, alcançar mais clientes. Mas é importante ressaltar também que as facilidades de pagamentos – o PIX, por exemplo – vai ajudar muito o mercado”, destacou o vice-presidente comercial e de marketing da Porto Seguros, Rivaldo Leite.

Torres observou que a circular da Susep tem um ponto que ele considera negativo, que é definir o valor do veículo pela data da ocorrência do sinistro. “O ideal é que fosse pela data do momento do pagamento. Assim, se houver alguma demora, o cliente não será prejudicado com um valor defasado”, criticou.

A diretora comercial regional do Rio de Janeiro e Espírito Santo da Allianz, Lívia Prata, observou a importância de se estar antenado às necessidades dos consumidores: “O corretor tem que sempre estar muito atento às mudanças de hábitos e consumo dos clientes. Ele é cada vez mais um grande consultor, de olho nas alterações do mercado e suas consequências.”

No Brasil, a partir de 2030 será proibida a venda de veículos novos movidos à combustão. Responsável pela E-Mobility Brasil – Enel, Paulo Roberto Madison mostrou como o país vai precisar fazer profundas mudanças até lá, como espalhar redes para carregar as baterias dos futuros carros elétricos. “Os paradigmas estão muito trocados hoje. Hoje, você está atrasado pra uma reunião, pega o seu carro e, então, tem que parar pra abastecer seu carro que estava sem combustível – ou seja, você precisa se deslocar para fornecer energia ao seu carro. Isso é um absurdo! Com o carro elétrico, você carrega o seu carro quando você está em casa, descansando.”

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