Revista Segurador Brasil

“Somos agentes de transformação social”, afirma Jorge Nasser

O presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Jorge Pohlmann Nasser, foi o convidado especial do 8º Encontro Anual do Clube de Seguros de Pessoas de Minas Gerais (CSP-MG). O executivo ministrou a palestra magna do evento cujo tema foi: “Seguros de Vida e Previdência: Impactos da Pandemia e Perspectivas”.

Nasser foi enfático ao mencionar a importância da indústria de seguros como fator de transformação social e econômica do País. Segundo pesquisa citada pelo dirigente, a faixa etária de brasileiros entre 20 e 60 anos teve perda de renda da ordem de R$ 8,4 bilhões de reais, durante a pandemia. Acima dos 70 anos a queda foi de R$ 6 bilhões.

Papel social do seguro – Para o executivo, desde o início da pandemia, em 2020, o mercado segurador se mobilizou para responder aos desafios trazidos pela Covid-19 e atender às necessidades dos clientes, cumprindo importante papel nesse momento inédito da história pós-moderna.

Apesar da exclusão de cobertura para casos de pandemia, o mercado já pagou R$ 4,6 bilhões, cerca de 90 mil indenizações decorrentes de mortes por Covid. Esse número não leva em conta os resgates de reservas de planos de previdência.

“As seguradoras se sensibilizaram, os corretores se reinventaram, se adaptaram ao digital, para se aproximarem mais dos clientes. Infelizmente, nós aprendemos pela dor. A pandemia realçou a importância dos seguros como rede de proteção social e instrumento fundamental para o desenvolvimento econômico do País. Costumo dizer que somos agentes de transformação do meio social em que vivemos e conseguimos atender a tempo e a hora as demandas de nossos segurados”, enfatiza.

Nasser também chamou a atenção para o papel do seguro como formador de poupança de médio e longo prazos. “O seguro de vida pode suprir a ausência do patrimônio. Com a pandemia, as pessoas se atentaram para a necessidade dessa proteção”, constata.

De acordo com o presidente da Federação, somente no primeiro semestre deste ano os contratos de planos de seguros de pessoas cresceram 24,3% sobre o mesmo período de 2020.

Impactos e perspectivas – Os impactos da pandemia, segundo o presidente da FenaPrevi, foram profundos e atingiram todo ecossistema econômico do País. “Mais uma vez nós demonstramos que somos resilientes. Endereçamos nosso olhar para os novos tempos. Para muitos a pandemia foi motivo de recomeço, mas para a indústria de seguros significou a continuidade de uma série de avanços que já vinham sendo implementadas a fim de modernizar o setor e prepará-lo para a devida proteção social dos brasileiros”.

Entre os desafios do mercado, Jorge Nasser cita o avanço da educação securitária e financeira para que haja maior conscientização da população quanto à necessidade da proteção contra riscos diversos. “Sou otimista quanto ao nosso papel na sociedade. Precisamos desenvolver novos produtos, processos, ferramentas e formas de relacionamento para atender às demandas do consumidor. O mercado será do tamanho da necessidade que tivermos de entender e gerar valor aos clientes”

Aperfeiçoamento – Para os corretores de seguros, Nasser deixou alguns recados. “Aquele vendedor do passado deixou de existir. O corretor não vai desaparecer, mas ele precisa se aperfeiçoar, participar de fóruns como este, conhecer os produtos, o mercado em que atua, as necessidades do consumidor para ofertar um serviço que agregue valor a ele. Como posso fazer a diferença na vida do meu cliente? Essa é uma pergunta recorrente que o corretor precisa se fazer. Vejo o corretor hoje muito mais como um consultor de benefícios que aponta as melhores opções de proteção e investimentos aos consumidores. A tecnologia veio para ficar. Disso ninguém duvida. Mas, na minha opinião, não substituirá o relacionamento de confiança que há entre corretor e cliente”, sentenciou.

Após a palestra, Jorge Nasser participou de um debate com a diretoria executiva do CSP-MG. Na oportunidade, vários temas foram colocados em pauta como a atuação dos agentes de investimentos x corretores de seguros, implantação do open insurance e suas consequências no mercado, o novo ambiente regulatório, a simplificação de produtos e redução de custos para aumentar a penetração dos seguros na sociedade e a melhoria da comunicação com a sociedade para que o seguro seja mais valorizado.

O dirigente também respondeu perguntas da plateia composta de profissionais de seguros de Minas Gerais e de outros Estados. A mediação foi conduzida pelo consultor e diretor do CSP-MG, Maurício Tadeu Barros Morais.

O presidente do Clube, João Paulo Moreira de Mello, encerrou o evento agradecendo a presença dos convidados, em especial do presidente da FenaPrevi. “É sempre uma honra contar com a presença do Nasser em nossos eventos. A exposição foi brilhante. Muito obrigado pela generosidade em aceitar o nosso convite e por compartilhar seu vasto conhecimento com nosso mercado”.

Presenças – O 8º Encontro do CSP-MG foi prestigiado por corretores de seguros, representantes das beneméritas, membros do Clube, executivos de seguradoras e autoridades do setor, como o diretor da Bradesco Seguros, Leonardo Pereira de Freitas; o vice-presidente do Sincor-MG, Gustavo Bentes; os presidentes do Conselho Consultivo do Clube, José Osvaldo de Miranda; do CVG-SP, Marcos Kobayashi; da Aconseg-MG, Robson Augusto Carneiro; da coordenadora regional da Escola de Negócios e Seguros (ENS), Nivea Barros e da superintendente do SindSeg MG/GO/MT/DF, Cláudia Perdigão. 

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