A Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP) realizou o Café com Seguro que abordou as “Novas Regras de Solvência para Operadoras de Saúde”. O evento, que colocou em pauta as novas regras de solvência fixadas pela ANS e os impactos e desafios para as operadoras e seguradoras, aconteceu no auditório do Sindseg SP.
O primeiro painel, conduzido por Washington Oliveira Alves, Gerente de Habilitação e Estudos de Mercado e Coordenador da Comissão Permanente de Solvência (CPS) da ANS, abordou “por que e pra que” as novas regras. “O setor tem toda uma expectativa e uma necessidade de aprimoramento da gestão de riscos, e isso é quase inevitável daqui pra frente”, explica. Em seguida, Joel Garcia, da KPMG, apresentou as principais características e impactos. Para Joel, gestão de riscos não é só um cálculo de capital, mas é algo mais abrangente. “Ela passa por uma cultura de gestão de riscos, a governança, os controles, enfim, toda a organização tendo a cultura de fazer gestão de riscos, depois a parte quantitativa será uma consequência de todo esse processo”, afirma.
A visão da Operadora foi apresentada por Luiz Celso, Diretor Executivo Técnico – Processo de “Underwriting” do Grupo Notre Dame Intermédica. “Nossa visão é que essa é uma norma benéfica, embora ela traga impactos, pois as Operadoras precisarão fazer investimentos para adequar suas estruturas internas”, ressalta. Sandro Leal Alves, Superintendente de Regulação da FenaSaúde, conduziu o quarto painel, que abordou a experiência das seguradoras. Segundo Sandro, o objetivo da FenaSaúde é que o mercado tenha segurança e proteção para aquele consumidor que compra o plano de saúde hoje, mas que precisa do plano de saúde pro resto da vida. “As empresas precisam ter a solidez necessária para garantir que esse contrato seja cumprido como ele foi vendido para o consumidor, daí que surge a credibilidade do setor de saúde suplementar. As regras devem se moldar para garantir as melhores práticas de regulação”, explica.
Logo após, Ariovaldo Bracco de Lima, corretor de seguros e Coordenador da Comissão Técnica de Seguro Saúde do SINCOR-SP, apresentou os impactos para a distribuição. “É necessário que haja essa regulamentação, pois o mercado precisa. Além disso, é importante que a gente consiga fazer com que a informação seja disseminada ao consumidor e corretor”, diz.
O Ac. e coordenador da Cátedra de Saúde, Josafá Ferreira Primo, ficou responsável pela moderação. “Nós temos inteligência para pensar em como fazer com que o mercado distribua de forma correta, devolva para o beneficiário aquilo que ele creditou na Operadora de Saúde e que, em longo prazo, esse processo possa não só mitigar riscos, mas também ter por objetivo, principalmente econômica e financeira, se auto sustentar”, conclui.
A abertura do evento foi realizada pelo Acadêmico Fernando Simões, vice-presidente da ANSP e pelo diretor da ANSP, Ac. Edmur de Almeida, que também fez a apresentação e a composição da mesa. “É muito importante trazer temas atuais e impactantes para serem discutidos no âmbito da Academia. Tivemos palestras de altíssimo nível que atingiram o objetivo inicial. Obrigado a todos os palestrantes e ao público”, agradece Edmur.