Seguradoras fecham 2022 com alta no faturamento e queda de sinistralidade

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Boletim IRB+Mercado aponta que prêmios emitidos pelo setor alcançaram R$ 172,1 bilhões (+21,2% %) em 2022. Sinistralidade geral caiu 1,8 ponto percentual na base anual e lucro líquido subiu 88,1%

O setor de seguros fechou 2022 com variação positiva no faturamento de 21,2% em relação a 2021, o que representa R$ 30,2 bilhões a mais em prêmios emitidos, totalizando R$ 172,1 bilhões. É o que mostra a 28ª edição do Boletim IRB+Mercado, relatório mensal da plataforma IRB+Inteligência divulgado hoje (28/02). Os segmentos que mais se destacaram foram Rural e Automóvel, ambos com variações positivas de 39,9% e 33,3%, respectivamente, na comparação com 2021. Em dezembro, a alta do faturamento chegou a 15,7% ante o mesmo mês no ano anterior.

A sinistralidade geral do setor fechou o ano em queda. O índice de 49,3% é 1,8 ponto percentual (p.p.) menor que o registrado no mesmo período de 2021. A recuperação foi impulsionada, principalmente, pelos segmentos Vida (-13,7 p.p.) e Corporativo de Danos e Responsabilidades (-7,4 p.p.). Entre os dez primeiros grupos seguradores por faturamento, as maiores sinistralidades em 2022 foram da Allianz (79,3%), Liberty (60,2%) e Porto Seguro (58,3%). Já as menores, Zurich Santander (18,5%), Itaú-Unibanco (22,4%) e Caixa (27,5%).

Apesar do lucro líquido do setor de seguros ter caído 7,9% em dezembro do ano passado, o Boletim IRB+Mercado, que considera os dados públicos divulgados pela Susep em 20/02, indica que o lucro líquido das seguradoras é 88,1% maior no acumulado de 2022 que em 2021: R$ 22,3 bilhões.

Por segmento, Vida representou 33,7% (R$ 58,1 bilhões) dos prêmios emitidos no ano passado, alta de 13,2%, devido, principalmente, aos produtos Vida, Prestamista e Viagem, que representam 77% da carteira. A alta no seguro Viagem chegou, em 2022, a 157,4% ante 2021. Impactada pela covid-19 nos últimos anos, a sinistralidade do segmento registrou queda de 13,7 p.p., atingindo 31,1% em 2022.

Já Automóvel, que responde por 29,8% do faturamento do setor (R$ 51,2 bilhões), encerrou o ano com avanço de 33,3% ante 2021, sob influência do aumento do preço dos veículos. O mesmo fator impactou a sinistralidade que, no acumulado do ano, ficou em 69,5%, a maior já registrada desde 2014, início da série histórica.

Ainda em 2022, o segmento Corporativo de Danos e Responsabilidades representou 17,9% (R$ 30,7 bilhões), seguido por Rural, 7,8% (R$ 13,5 bilhões); Individual Contra Danos, 7,6% (R$ 13,1 bilhões); e Crédito e Garantia, 3,2% (R$ 5,5 bilhões). A sinistralidade da linha Rural, que segue em evidência devido ao impacto de eventos climáticos atípicos, fechou em alta apesar da retração observada desde maio do ano passado: taxa de 92,2% em 2022, 6,1 p.p. acima da registrada em 2021.

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