Um intervalo de crescimento anual do mercado segurador mais estreito – de 4,7% a 6,9% em maio – consta da sétima edição ampliada da publicação Conjuntura CNseg, referente ao primeiro trimestre do ano. A projeção anterior, de fevereiro, oscilava de 4,5% a 7,1% (piso e teto, respectivamente). A nova taxa tem relação direta com a perspectiva de menor evolução da carteira de seguro de automóvel – com intervalo de 0,5% e 3,5% de alta no ano; anteriormente esperava algo entre 5,4% e 7% em 2019. O seguro de automóvel é a principal carteira de danos e responsabilidade e segue a trajetória de desaceleração nas vendas de automóveis novos no ano. Em 2018, a receita do mercado alcançou R$ 445,16 bilhões.
“O aumento das incertezas, tanto na economia brasileira quanto em escala global, torna as projeções um desafiador exercício. São tantas variáveis capazes de provocar reação ou retração dos mercados, que sua combinação, no final, definirá a trajetória do setor segurador”, afirma Marcio Coriolano, presidente da CNseg (foto).
A nova projeção considera também um crescimento menor dos seguros de pessoas. Pelo estudo, enquanto os planos de acumulação (PBGL e VGBL) mantêm a trajetória de expansão inalterada no ano (5,5% a 6%), acredita-se em alta menor dos prêmios estimados dos planos de risco (agora de 3,2% a 8,8% ante os 6,9% a 9,4%).
Dependendo do comportamento de algumas das principais variáveis macroeconômicas, há dois cenários possíveis – otimista ou pessimista- projetados para a atividade seguradora. No melhor cenário (de alta de 6,9%), o PIB cresceria 1,3% no ano; a produção industrial teria alta real de 1,57%; a Selic recuaria para 6% ao ano; o câmbio ficaria em R$ 3,61; e a inflação oficial seria de 3,80% medida pelo IPCA. No quadro pessimista (alta de 4,7%) do setor segurador, considera-se a aprovação da reforma da Previdência incompleta; a desvalorização mais acentuada do câmbio; juros básicos em trajetória de alta; e crescimento da economia abaixo do observado em 2018.