O Painel Especial, programa da GRTV que aborda comodidade, praticidade e conforto, recebeu em sua décima sexta edição, o presidente da FenaSaúde, João Alceu Amoroso Lima. Durante o bate-papo, que é conduzido pelo jornalista Paulo Alexandre e conta com participação do consultor econômico, Francisco Galiza, o convidado trouxe um resumo dos painéis da Conseguro relativos ao tema “Seguro Saúde”.
Realizado pela Confederação Nacional das seguradoras (CNSeg), o Conseguro é o maior evento do mercado segurador. Sua décima edição contou com cerca de mais de 6 mil inscritos, 100 palestrantes e 26 painéis em sua programação. Foram cinco dias de evento baseado no tripé, transformação digital, futuro do trabalho e wellness (“bem-estar”). O tema da conferência 2021 foi “Inovando com o mercado e com você”. Dada a relevância do evento, a produção da GRTV produziu uma série de 8 programas sobre os assuntos discutidos nas palestras.
Segundo Galiza, três pontos chamaram a sua atenção no painel “Saúdo pós-pandemia”. “O primeiro deles refere-se as medidas a serem tomadas nesse novo cenário. O segundo diz respeito a importância do auto-cuidado. E o último a discussão do open health – barateamento dos custos. Já o segundo painel comentado pelo consultor teve como tema “O desafio do acesso às inovações em saúde”. Nesse caso, os pontos que mais se destacaram na visão do economista foram o fato do setor da saúde ser o único em que a adoção da tecnologia significa aumento de custo, os reais benefícios das novas tecnologias e viabilidade de seus custos, além do desafio de como aumentar o acesso da população aos tratamentos. “Esses são os principais tópicos desse painel que me chamaram a atenção. Saúde ligada a tecnologia, no sentido diverso, discussão de custos e o desafio de aumentar a base de pessoas nos planos de saúde”, resumiu.
Em sua participação, João Alceu Amoroso Lima falou sobre como deve ser o sistema de saúde pós-crise sanitária. Em sua visão, a percepção e a importância de se ter plano de saúde não mudou. “Muito pelo contrário. Consolidou-se essa percepção que nós já observávamos desde junho de 2020. Foram feiras até hoje mais de um milhão e meio de novas adesões de beneficiários aos planos de saúde em todas as categorias”, informou. Para o executivo, o que mudou muito e rapidamente foi o uso da telemedicina. Durante a pandemia, houve um aumento significativo da procura por esse tipo de serviço, por parte dos pacientes que precisavam de tratamentos, acompanhamentos ou idas ao médico. Foi uma adaptação recorde da indústria, com ferramentas tecnológicas para atender a demanda logo no início da pandemia. “Eu diria que nós evoluímos dez anos em seis meses em termos de telemedicina. Temos ainda um desafio muito grande, o regulatório, que está sendo discutido tanto no congresso quanto nos órgãos de classe, e a gente espera que isso se consolide nos próximos”, explicou.
De acordo com Lima, outra coisa que também mudou foi os hábitos sanitários das pessoas. O costume de usar máscaras, lavar as mãos, usar álcool em gel e praticar o distanciamento. Quanto a regulação, ela manteve-se estável. O que na visão do entrevistado é uma coisa boa, porque o que mais se espera de uma situação de crise é a previsibilidade e a estabilidade de regras e contrato. “Se eu pudesse resumir a mensagem da FenaSaúde eu usaria a palavra acesso. Tudo que nós estamos fazendo, do ponto de vista institucional, é para aumentar o acesso de pessoas ao sistema privado de saúde no Brasil”, concluiu.
Confira o programa na íntegra: