Revista Segurador Brasil

EMPRESAS DE PEQUENO E MÉDIO PORTES ENFRENTAM DESAFIOS RELACIONADOS À GESTÃO DE RISCO

Informações resultantes da experiência de inspeção e de subscrição de riscos do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre chamam a atenção para a questão da falta de gerenciamento de riscos de segurança por empresas de pequeno e médio portes. De 12,2 mil inspeções realizadas pela companhia nos últimos três anos, apenas para 32% delas foram emitidas apólices. Os sistemas de proteção automática das empresas foram o ponto mais negligenciado.

A avaliação considerou se todas as áreas de riscos das empresas avaliadas eram protegidas com sistemas automáticos de prevenção e combate a incêndio, se essas proteções e o sistema de pressurização haviam sido instalados e mantidos conforme as normas técnicas e segundo as melhores práticas e, ainda, se havia abastecimento de água adequado e suficiente para os sistemas protecionais instalados.

“Das 10 coberturas mais contratadas nos seguros de riscos industriais, seis correspondem a cerca de 95% dos valores das indenizações de sinistros. Isso quer dizer que medidas preventivas poderiam ser tomadas para reduzir a sinistralidade e, por consequência, trazer melhores taxas para os produtos de seguros”, explica Almir Fernandes (foto), diretor de Riscos Industriais do Grupo BB-Mapfre.

Outra questão levantada pelo executivo é o fato de a operação da seguradora ser retroalimentada com os dados e informações obtidas dos negócios realizados.

“Os guias de subscrição de riscos podem ficar mais ou menos restritivos para aceitações que apresentam comportamento incompatível com o apetite de riscos das seguradoras. Para o segurado que não faz uma boa gestão de riscos a colocação do seu seguro torna-se dificultada e mais onerosa”, explica.

 Sobre a pesquisa

Para realizar a pesquisa, o Grupo atribuiu a cada empresa inspecionada uma nota para o risco a que esteve exposta. A avaliação consistiu na verificação de aspectos operacionais e de segurança, ponderados por um peso de acordo com o segmento em que a empresa analisada estava inserida. O somatório gerou uma nota de 1 a 100, em que, quanto maior o valor, melhor o seu sistema de proteção e gestão de risco operacional.

O tamanho, a localização, a cultura organizacional e até a maturidade do sistema de gestão foram considerados para auferir a gestão de riscos de cada empresa.

O setor de destaque para valores em risco menores foi o da indústria de Metais e Máquinas, com média de avaliação de 66,04 pontos. Já para valores em risco superiores a R$ 50 milhões, o setor de Energia se sobressaiu, com avaliação média de 81,06 pontos.

 

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