Diretor gerente da Bradesco Saúde, Flávio Bitter foi um dos palestrantes do CQCS Innovation Latam. O executivo falou sobre a perspectiva da companhia, no Brasil, e também sobre o legado das transformações trazidas pela pandemia.
A Bradesco Saúde faz parte de um dos maiores conglomerados do Brasil e está presente em mais de 1.400 cidades, com 3,6 milhões de usuários. Durante a pandemia, a companhia já contabilizou mais de 15 mil usuários internados por conta da Covid-19. “Imaginávamos no início de março, a partir de algumas simulações de cenários, que poderíamos chegar a um colapso do sistema, no qual não teríamos condições de atender a todos os nossos clientes. Mas com a aderência das medidas de isolamento pelos beneficiários, o perfil populacional e a capacidade de preparação e manejo clínico da rede referenciada, foi possível ultrapassar os momentos mais críticos”, explicou.
Flávio esclareceu que, no Brasil, foi observada uma grande diferença na proliferação do vírus, durante a pandemia, sobretudo nas últimas semanas. “No Norte, temos uma queda acentuada na transmissão após um problema agudo há dois meses, mas agora estamos estáveis. Já no Sudeste, temos uma taxa menor, já se passou do pico, mas ainda há um crescimento de casos no interior desses estados. E no Sul e no Centro-Oeste ainda há números crescentes. Isso mostra a diferença de comportamento nas regiões”, analisa.
A Bradesco Saúde também observou uma mudança no comportamento de seus clientes na adesão a plataformas digitais. No site da seguradora, destinado ao novo coronavírus, foi registrado mais de 500 mil visitas. “O formato dos pedidos de reembolso digital já existia. Entretanto, com o isolamento social, 87% de todos os pedidos passaram a ser feitos por meio do aplicativo”. Flávio contou que a Bradesco também conseguiu integrar serviços assistenciais à plataforma Bradesco Saúde Digital. “Com um clique, você pode falar com um médico. Com as mudanças de relacionamento e as autorizações do CFM, o médico pode prescrever e ajudar nossos usuários”.
No que diz respeito ao futuro, Flávio apresentou algumas projeções do que acredita que irá mudar quando a pandemia, de fato, acabar: “Conseguimos nos acostumar com o home office e com as webinars. Acho que isso vai ser normal e cotidiano. Do ponto de vista da economia, vamos enfrentar uma recessão, o que levará a priorização de gastos e escolhas melhores. Do ponto de vista da saúde, a memória da pandemia vai nos mostrar a importância de ter um seguro saúde, isso é algo que garante segurança. Além disso, a telemedicina veio para ficar e será um grande legado para o sistema”, finalizou.