EXCLUSIVO
A afirmação é de José Adalberto Ferrara (foto), presidente da Tokio Marine. Em entrevista à REVISTA SEGURADOR BRASIL, Ferrara ressalta o espírito empreendedor dos corretores, aliado às tecnologias que as seguradoras colocam à disposição, como fator fundamental para a indústria de seguros contribuir para a recuperação em V da economia do País. Em 2020, em plena pandemia, a Tokio Marine e seus mais de 33 mil corretores demonstraram força e resiliência. José Adalberto Ferrara relata como a Companhia conquistou bom desempenho, enfrentando e vencendo desafios.
Segurador Brasil – A Tokio Marine demonstra força e resiliência com os resultados alcançados em 2020. Isso vem acontecendo desde o primeiro semestre, com o anúncio de pandemia de Covid-19. Como a Companhia conquistou esse bom desempenho?
José Adalberto Ferrara – Tivemos um ano bastante atípico e desafiador, do qual já podemos tirar dois grandes ensinamentos. O primeiro deles é que, sem dúvida, a função social do seguro, de proteger a vida e o patrimônio de pessoas e empresas, ficou ainda mais evidente. O segundo ensinamento que ficou evidente com a pandemia e a forma que tivemos que lidar com os negócios a partir da quarentena, é que a tecnologia é, sim, um enorme ativo do mercado de seguros, permitindo que mesmo com adoção do home office, fosse possível dar continuidade à prestação de serviços de excelência aos corretores, assessorias e clientes. Além disso, digno de nota foi a resiliência dos corretores que, mesmo durante a pandemia, conseguiram atender muito bem seus clientes! Também reforço que 2020 foi um marco na nossa indústria ao ver os corretores aderirem definitivamente à tecnologia para executarem a sua nobre função de ser um consultor de proteção, apropriando-se dos canais digitais e tecnologias de vídeo conferência para atender as demandas específicas de seus clientes.
SB – Como é de conhecimento no mercado, isso tudo faz parte do DNA da Tokio Marine.
José Adalberto Ferrara – A Tokio Marine é uma seguradora que tem em seu DNA o forte relacionamento com os corretores e assessorias, para os quais adotamos uma série de ações que permitiram a flexibilização de processos para facilitar a realização de negócios.
SB – Ocorreram soluções dirigidas às necessidades dos consumidores, contribuindo para o bom desempenho da seguradora.
José Adalberto Ferrara – Também atribuo o bom desempenho da seguradora à nossa estratégia de investimentos em diversificação de portfólio e novidades voltadas às necessidades de diversos perfis de consumidores. Em parceria com os corretores, que acompanham de perto o dia a dia de cada um dos clientes e suas mudanças de comportamento, desenvolvemos uma série de soluções ao longo do ano para atender novos nichos e necessidades dos consumidores. Penso que essas medidas, somadas ao espírito naturalmente empreendedor dos corretores e de suas iniciativas para diversificar as carteiras e aumentar a quantidade de produtos comercializados, foram cruciais para que pudéssemos chegar ao final de 2020 superando todos os desafios.
SB – Entre os destaques, a seguradora divulgou ter atingido a marca de dois milhões de veículos segurados na carteira de Automóvel. Quais os demais pontos positivos para fechamento de 2020 e perspectivas para 2021?
José Adalberto Ferrara – A conquista de dois milhões de veículos segurados foi uma grande conquista da Tokio Marine em 2020, o que nos consolidou como a terceira maior frota protegida do mercado. Um resultado que se deu não só pela efetividade das nossas estratégias, mas também por conta do nosso forte relacionamento com os corretores e as assessorias. Todas as análises econômicas que tenho lido a respeito de 2021 mostram que devemos ter um cenário marcado por baixa taxa de juros, câmbio alto e recuperação do Produto Interno Bruto. Os efeitos da pandemia na economia ainda estarão bastante evidentes e será necessário um grande esforço, tanto das empresas quanto do governo, para superarmos o desafio do crescimento econômico.
SB – Como o setor de seguros pode contribuir para a recuperação da economia?
José Adalberto Ferrara – Sou bastante otimista sobre como a indústria securitária pode contribuir para a recuperação da economia. As perspectivas são de crescimento da conscientização do corretor na diversificação de suas carteiras por meio de produtos como os Seguros Garantia Judicial; Garantia Depósito Recursal; Residencial; Empresarial e Riscos Digitais para as Pequenas e Médias Empresas, além de um aumento significativo na comercialização do Seguro de Vida Individual em complemento à Previdência Privada. O Seguro Automóvel também deve mostrar uma recuperação, especialmente pela menor utilização do transporte público, ainda pelo receio da pandemia, o que aumenta sobretudo o mercado de usados.
Na carteira PJ, o seguro de Safras manterá o crescimento na linha da subvenção federal e por conta do baixíssimo impacto que a pandemia teve no setor. Garantia e Riscos de Engenharia também devem crescer por conta do recente marco do saneamento básico, do calendário de privatizações e da retomada do ritmo de obras na construção civil e o crescimento substancial de obras/reformas, tanto de PMEs quanto de Pessoas Físicas.
SB – Diante desse cenário favorável, qual sua avaliação final?
José Adalberto Ferrara – Tenho convicção de que o espírito naturalmente empreendedor dos corretores na busca de uma maior capilaridade de distribuição, com apoio das tecnologias que as seguradoras colocam à sua disposição, será um fator fundamental para a indústria de seguros contribuir para a Recuperação em V da economia do País. Na minha avaliação, nossa indústria securitária tem potencial para voltar a crescer dois dígitos em 2021.