O crescimento lento em seguros deve fazer com que 81% dos executivos deste segmento busquem realizar até três fusões e aquisições para transformar o setor e mais de 70% esperam que os acordos modifiquem a organização. Os dados são da pesquisa “Evolução Acelerada: F&A, transformação e inovação no setor de seguros” (Accelerated evolution: M&A transformation and innovation in the insurance industry, em inglês) realizada pela KPMG.
De acordo com o estudo, segmentos de negócios e regiões que eram primordiais no passado podem não ser as opções para futuros investimentos. “Na Europa Ocidental, por exemplo, é o local onde se espera o maior número de desinvestimento”, comenta a sócia-líder de seguros da KPMG, Luciene Magalhães.
As seguradoras estão buscando oportunidades de realizar investimentos globais. “Dos entrevistados, 83% consideram que a América do Norte será o principal foco de fusões e aquisições. Já para a América Latina, os participantes acreditam que terá o menor movimento com apenas 15%”, conclui.
Ainda de acordo com a pesquisa, o setor de seguros é motivado pela transformação e vontade de inovar: 37% esperam transformam o modelo de negócios por meio de aquisições, 24% pretendem modificar os modelos operacionais também por meio de aquisições e 10% visam adquirir capacidades de inovação e tecnologias emergentes.
“O uso da tecnologia é essencial para o setor. A disrupção é vista como uma oportunidade de crescimento e não uma ameaça. Dos entrevistados, 28% devem coinvestir em tecnologia e inovação”, analisa a sócia Luciene Magalhães.
Sobre a pesquisa
Para a produção da pesquisa, foram entrevistados mais de 200 executivos globais do setor de seguros. As empresas participantes são da Ásia-Pacífico (33%), Europa, Oriente Médio e África (33%) e América do Norte (33%) e registraram, no mínimo, um bilhão e meio de dólares de receita anual.