A norma IFRS 17 pode ser resumida como uma forma de padronizar globalmente o balanço das seguradoras para que possam ser avaliadas com mais transparência dentro de todas as suas responsabilidades. Emitida pelo IASB (International Accounting Standards Board), a norma foi adotada pela Tokio Marine, conglomerado securitário japonês, um dos maiores do mundo. A seguradora contou com o SAS como parceiro tecnológico para colocar essa complexa atualização contábil em prática na subsidiária brasileira e ficou pronta para dar início às exigências globais desse novo padrão contábil para a indústria de seguros em janeiro de 2023.
No início de 2020, a seguradora deu início ao projeto de implementação da norma no Brasil. O executivo responsável por encabeçar a iniciativa foi Daniel Dibe, Diretor Executivo de Finanças e Administração da Tokio Marine. “Fizemos uma avaliação inicial das opções de sistemas e escolhemos a SAS porque a empresa já tinha uma ferramenta de base de dados consolidada no mercado global que permitia construir todo o fluxo de caixa, parte importante do processo”, conta. “Além disso, o SAS propiciava uma forte estrutura de governança, algo fundamental para os processos de Governança e de Auditoria”, enfatiza Dibe.
Segundo ele, “no momento da contratação foi possível observar a expertise dos profissionais do SAS envolvidos na execução. Junto com a KPMG, consultoria de negócios envolvida no projeto, houve uma parceria harmoniosa e de sucesso, o que possibilitou a implementação da solução, como uma das pioneiras, no País”.
O objetivo da IFRS17 é assegurar que as informações financeiras fornecidas por uma seguradora sejam relevantes e reflitam fielmente o impacto dos contratos de seguros na posição, no desempenho e no fluxo de caixa do emissor. É a maior mudança na forma de reportar resultados financeiros para o setor em 20 anos, um procedimento complexo do ponto de vista atuarial, contábil e tecnológico. A solução utilizada para colocar a norma em prática foi o SAS Risk Stratum, base de gerenciamento integrado de risco, utilizando o conteúdo do IFRS 17.
O processo contou com um time de profissionais totalmente dedicado da Tokio Marine, além do envolvimento de profissionais de diversas áreas da companhia, como Atuarial, Contabilidade, Resseguro, TI, Governança e outras, apoiadas pela área de Projetos, com PMO dedicado. No SAS, houve envolvimento do time de consultoria local e de todo o hub internacional.
“Em projetos como este, a preparação dos dados é algo bem complexo, que toma tempo e demanda muito detalhamento. Os processos internos também são um grande desafio”, explica Lorena Dolenc, senior solutions advisor do SAS. “No caso da Tokio Marine, eles conheciam seus dados muito bem, o que facilitou muito o processo. Além disso, a sintonia entre as áreas internas foi determinante para o sucesso do projeto”, conta.
Resultados
Desde 2021, a Tokio Marine já vinha fazendo testes de envio de resultados financeiros para a matriz, no Japão. E, a partir de janeiro de 2023, ocorreu o primeiro envio com os dados do Brasil totalmente de acordo com a IFRS 17.
“Tivemos alguns ajustes na questão de dados, em uma evolução normal, e não registramos problemas relevantes. Ao final, conseguimos implementar um processo contábil com os principais fluxos automatizados”, resume Daniel Dibe.