O novo Diretor-Presidente da Confederação Nacional das Seguradoras – CNseg, Dyogo Oliveira, afirmou que o setor de seguros está entre as atividades credenciadas a crescer de forma contínua nos próximos anos, tendo em vista as profundas mudanças que resultam em uso crescente de novas tecnologias, produtos inovadores, regras regulatórias mais flexíveis e menos onerosas. Este ano, em meio a um cenário de incertezas, a arrecadação do setor deve crescer na casa de dois dígitos, oscilando entre 13% e 15%. As declarações de Dyogo Oliveira foram dadas durante a live “A nova administração da CNseg”. A nova expansão projetada será suficiente para o setor segurador ampliar sua participação em proporção ao PIB, hoje perto de 6,5%.
Sobre o open insurance, Dyogo Oliveira afirmou que o projeto precisa de ajustes em termos de prazos de implementação e em relação a produtos que devem ter os dados abertos, para atingir seus objetivos, como o de ampliar a concorrência das empresas e o nível de proteção das mais variadas faixas de públicos. “Dependemos de pequenos ajustes, que não são protelatórios, mas necessários para alcançar os objetivos pretendidos e evitar gastos desnecessários”, assinalou Oliveira. Os investimentos na estruturação do open insurance, considerando-se um universo de 65 empresas participantes, deverão totalizar cerca de R$ 650 milhões, pelas estimativas do Diretor-Presidente da CNseg.
Um dos desafios históricos do mercado segurador, o de ter sua real importância reconhecida pelo governo e a sociedade, já é uma causa abraçada pelo novo dirigente da CNseg. “Já somos um setor relevante, mas a percepção de nossa grandeza ainda é muito pequena, quer seja no governo, quer no conjunto da sociedade. Respondemos por uma participação de 6,5% do PIB e detemos cerca de 25% da dívida pública em mercado”, assinalou.
Para reforçar a ideia da importância do setor que passa despercebida, Dyogo destacou outros números que tornam as pessoas e seus negócios mais resilientes. Na Saúde Suplementar, as despesas pagas pelas operadoras superaram R$ 200 bilhões no ano passado, quase o dobro do orçamento do Ministério da Saúde na fase pré-pandemia. Na carteira de automóvel, as indenizações somaram R$ 22 bilhões, o suficiente para a compra de 380 mil veículos populares, ou seja, 20% da produção nacional. Desde a eclosão da pandemia, as seguradoras, de forma voluntária, pagaram quase R$ 7 bilhões por mortes decorrentes da Covid.
O Presidente da CNseg informou que intensificará a interlocução com governo, órgãos de supervisão do mercado e o conjunto da sociedade, aperfeiçoando a comunicação institucional, de forma a ratificar que o setor segurador é estratégico para o desenvolvimento do país e vital para reduzir as vulnerabilidades de pessoas e empresas diante dos riscos, devendo, em razão disso, ser uma atividade fomentada para retroalimentar o próprio crescimento econômico, seja ao assumir riscos de diversas naturezas, seja na condição de investidor institucional. Segundo Dyogo Oliveira, uma interlocução de nível superior planeja estabelecer “uma relação ganha-ganha para todos” – sociedade, governo e o mercado segurador.