Live do CVG-SP: importância do seguro de vida no momento atual

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“A importância do seguro de vida” foi o tema da live que abriu a programação de aniversário de 40 anos do CVG-SP, no dia 25 de maio, com a participação do experiente corretor de seguros Rogério Araújo, diretor da TGL Consultoria, empresa mineira especializada em proteção e planejamento financeiro. Sob a mediação do presidente do CVG-SP, Marcos Kobayashi (foto), a live marcou a estreia da nova série “40 anos CVG-SP apresenta…”, que promoverá ao longo do ano eventos online sobre temas da área de seguro de pessoas.

“Ainda estamos distantes de realizar um evento festivo e presencial, mas não de registrar a importância do CVG-SP e o seu papel de acolhedor de ideias, mediador de debates, formador de profissionais e de opiniões”, disse Kobayashi. Ele também ressaltou a importância de discutir o seguro de vida no momento atual de incertezas. “A pandemia limitou a nossa liberdade e nos impediu de viajar, realizar visitas, treinamentos etc. O momento requer atenção e cuidados especiais. Onde o seguro de vida entra nesse contexto? ”, perguntou para Araújo.

Reconhecido no mercado por sua expertise na venda de seguro de vida, Rogério Araújo, que iniciou na área há 21 anos, pontuou que, primeiramente, é preciso entender as funcionalidades do seguro, não exatamente do produto, mas dos benefícios que proporciona. Segundo ele, um chefe de família deve se preocupar em manter o bem-estar de sua família mesmo na sua falta. “O seguro de vida é uma forma de eternizar o amor pela família”, disse, acrescentando que também é uma maneira de garantir a continuidade de projetos, como, por exemplo, a faculdade dos filhos.

Araújo destacou, ainda, que o seguro de vida também é investimento, na medida em que o valor pago durante a vigência é bem menor do que a indenização prevista. Nesse sentido, o seguro de vida também traz benefícios em vida, segundo ele, pois equivale à aquisição de um patrimônio que garante mais liberdade financeira para que o segurado usufrua a vida. “O seguro gera qualidade de vida e relacionamento com a família. Os filhos se lembrarão desses exemplos e não do patrimônio. Este é o conceito do seguro de vida”, disse.

Mercado sério

O seguro de vida também é importante para as pessoas de baixa renda? Na opinião de Araújo é sim, porque é uma maneira, a seu ver, de “quebrar o ciclo de limitações financeiras” e garantir um futuro melhor para as gerações posteriores. “É como plantar uma árvore sem ter a certeza de que irá usufruir de sua sombra”, disse. Na crise atual, sanitária e econômica, ele indicou o seguro como meio de proteger as famílias que perderam renda, emprego e ainda convivem com o risco de morte.

Para Araújo, a pandemia acelerou o processo de conscientização da população em relação à proteção oferecida pelo seguro. No entanto, lembrou que essa mudança começou anos atrás, motivada pela estabilidade financeira, taxa de juros e pela reforma da previdência. Mais recentemente, contou muito a favor, na sua avaliação, a iniciativa da maioria das seguradoras de indenizar os sinistros por covid-19, ignorando a exclusão de pandemia das apólices. “As pessoas viram que o mercado de seguros é sério”, disse.

Basta ofertar

Esse quadro favoreceu a venda de seguro de vida, segundo Araújo. “Inverteu, antes eu tinha de prospectar e convencer, agora basta ofertar e atender à demanda”, disse. “Mas, preciso estar preparado, ter o propósito na veia”, acrescentou. Ele explicou por que os corretores devem se especializar em seguro de vida. “As pessoas sentem medo, desconforto, buscam por proteção, mas não sabem do que precisam. Então, sempre haverá quem venda o produto, mas não a solução, ou seja, aquilo que o cliente está pedindo, mas não o que ele necessita”, disse.

O presidente do CVG-SP quis saber de Araújo o que significa estar preparado para vender seguro de vida. Ele respondeu que o corretor deve entender, primeiramente, o propósito e o alcance de sua profissão, que é capaz de mudar a vida das pessoas. “O corretor deve deixar os seus problemas em casa para resolver os do seu cliente ou então venderá apenas para ganhar comissão. Quando entender isso, quebrará o processo e se tornará um corretor”, disse. Araújo observou que muitos corretores procrastinam a busca pela especialização, esperando o momento perfeito. “Perfeição não existe, mas preciso correr atrás dela, ser obstinado”, disse.

No encerramento da live, Araújo chamou a atenção para o potencial do seguro de vida, que está em crescimento, mas ainda apresenta baixa penetração. “O mais importante é o corretor aprender a transformar produtos em soluções e as características do produto em benefício”. Kobayashi agradeceu a apresentação de Araújo. “Realizaremos outros eventos para compartilhar conhecimento, não apenas com o propósito de venda, mas de disseminar boas práticas”.

Live com ex-presidentes

No dia 25 de maio de 1981, um grupo de profissionais se reuniram no restaurante do Clube São Paulo, no centro da capital, para fundar uma agremiação que atuasse na disseminação do seguro de pessoas e na capacitação e formação dos profissionais da área. Nascia naquele dia o Clube Vida em Grupo São Paulo (CVG-SP). Esta trajetória até os dias atuais foi relembrada, quarenta anos depois, por cinco ex-presidentes do CVG-SP, convidados especiais da live de aniversário, no dia 25 de maio.

O evento foi precedido pela apresentação do vídeo de posse da atual diretoria do CVG-SP (gestão 2021/2022) e pelo lançamento do selo comemorativo de 40 anos.

Ao lado do diretor de Relações com Mercado, Tiago Moraes, que representou os demais membros da diretoria, o presidente Marcos Kobayashi fez questão, ainda, de homenagear a memória dos ex-presidentes Eiji Denda (gestão 2001/2002) e de Osmar Bertacini (gestões 2009/2010 e 2011/2012), emocionando os convidados.

“Minha vida profissional é o CVG-SP”, disse Paulo Meinberg, fundador e membro do Conselho Consultivo, presidente por quatro gestões (1988/1989 e 2000 a 2006). Ele se recordou das reuniões preparatórias para a fundação com Carlos Poffo (que viria a ser o primeiro presidente, gestão 1981/1982) e com Oldemar de Souza Fernandes (posteriormente, presidente na gestão 1987/1988) e com João Moreira da Silva (gestão 1982/1983), nas quais ajudou a adaptar o estatuto, inspirado no modelo do CVG-RJ.

“No início, todos achavam que seria mais um clube de almoço, mas ao longo do tempo o CVG-SP mostrou que não”, disse. Meinberg também se lembrou dos primeiros cursos do CVG-SP, no auditório do Sindseg-SP. “O CVG-SP começou pequenino, cresceu e hoje temos parceria com uma instituição de renome, a FECAP”, disse. Ele citou, ainda, os almoços no Terraço Itália, os eventos de confraternização com o apoio das beneméritas e os diretores que se dedicaram ao CVG-SP, dentre eles Osmar Bertacini. “O Osmar faz muita falta”, disse com a voz embargada.

Ronaldo Megda (gestões 1999/2000 e 2000/2001) relatou que ao assumir a presidência sabia da grande responsabilidade, pois o CVG-SP já tinha uma história de 20 anos. Mas, a sua gestão foi marcada por uma preocupação. “O fantasma da época não era pandemia, mas o bug do milênio”, disse. Ele lembrou que alguns membros de sua diretoria, como Bertacini e Silas Kasahaya (gestões 2017/2018 e 2019/2020) se tornariam presidentes mais tarde. “Foi uma diretoria importante que contagiou os dois. Agradeço à minha diretoria a oportunidade de darmos sequência ao CVG-SP”, disse.

David Felipe Santiago Souza (gestão 2007/2008) contou que foi convencido a assumir a presidência por Meinberg, Bertacini e Gilson Leitão. “Como fui aluno dos cursos do CVG-SP e depois integrei diretorias, a ideia era mostrar que o presidente seguiu carreira na entidade. Achei interessante e aceitei”, disse. O ex-presidente relatou que em sua gestão o CVG-SP firmou convênio com o Sindicato dos Securitários para a realização de cursos. “Minha proposta era fortalecer a área do conhecimento e fiquei feliz com a sequência por outros presidentes, como o Osmar, que era uma pessoa fantástica, e o Dilmo”.

Dilmo Bantim Moreira (gestões 2013/2014 e 2015/2016) lembrou-se do tempo em que ele foi instrutor dos cursos do CVG-SP. “Não era remunerado, preparava apostilas, grampeava a cortina”, disse, acrescentando que tinha prazer em atuar na diretoria. Outro fato que marcou para ele foi cuidar do processo junto à Susep para obter a certificação técnica aos cursos do CVG-SP. “Esta é uma prova que o CVG-SP sempre foi muito útil para o mercado”. Em seguida, o ex-presidente citou a alteração do estatuto como um feito de sua gestão, pois permitiu a associação de resseguradoras e corretoras ao CVG-SP. “Foi um marco que abriu as portas”, disse.

Por fim, o presidente do Conselho Consultivo Silas Kasahaya (gestões 2017/2018 2019/2020) manifestou seus sentimentos pelas vítimas fatais da covid-19. Depois, se lembrou que passou pelos cursos do CVG-SP no início de sua carreira e de como conheceu cada um dos conselheiros presentes. Kasahaya informou que foi convidado por Bertacini e Meinberg para presidir o CVG-SP e concluiu com paixão os seus mandatos. Foram marcantes para ele algumas realizações importantes, como os eventos internacionais, a parceria com a FECAP para a oferta de cursos e a digitalização dos processos do CVG-SP. “Peguei essa virada da modernidade, que foi importante porque quando chegou a pandemia já estávamos mais preparados”.

Kobayashi agradeceu aos conselheiros a participação. “São recordações como estas que levamos para a vida toda”, disse. Em seguida, ele chamou a gestora Lúcia Gomes para participar, porque ela atuou nos últimos 20 anos com a maioria dos ex-presidentes, e designou Tiago Moraes, como representante de toda a diretoria, para o encerramento da live. “O trabalho de vocês deixou um legado maravilhoso, fico imaginando como faziam há 30 ou 40 anos, sem os recursos da tecnologia, para engajar tantas pessoas”, disse ele, enquanto na tela era exibida a imagem de todos os diretores. Moraes se lembrou que no início de sua carreira fora convidado várias vezes pelo saudoso Osmar Bertacini para participar do CVG-SP. “Por isso, quando recebi o convite do Silas, pensei que era chegado o momento de retribuir ao CVG-SP. Todos fizemos carreira no mercado, mas o que fica é o que devolvemos para a sociedade”, disse. Em seguida, ele agradeceu o empenho de todos os dirigentes que passaram pela entidade. “O CVG-SP começou pequeno e foi uma grande escola para nós”, dis

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