Mercado de seguros fatura R$ 13 bilhões em março, alta de 13,8%

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A 19ª edição do Boletim IRB+Mercado, relatório mensal da plataforma IRB+Inteligência, apontou que, em março, o setor de seguros levantou R$ 13 bilhões em faturamento, um avanço de 13,8% na comparação com igual período de 2021. O segmento Automóvel acumula a maior alta: 28%. Já Rural e Crédito e Garantia retraíram 5,4% e 1,2%, respectivamente. Na análise de março sobre fevereiro de 2022, houve avanço de 7,6% no setor de seguros, sendo Automóvel e Vida os grandes destaques: + 18,9% e + 11,4%, respectivamente. 

No trimestre, o mercado de seguros avançou 16,1% na comparação com os três meses iniciais do ano passado, alcançando R$ 37,8 bilhões. Foram R$ 5,2 bilhões a mais em prêmios emitidos, o que representa o melhor desempenho do setor no período desde o início da série histórica, em 2014. Automóvel, Vida e Rural foram os segmentos que mais contribuíram para o crescimento do faturamento trimestral ao totalizarem, juntos, 80,9% dessa evolução. 

O progresso do mercado segurador foi superior ao de outros importantes setores econômicos. Segundo dados do IBGE, no 1T22, o setor industrial recuou 4,5% e o comércio varejista cresceu 1,3%.

Por segmentos

Em março, Vida faturou R$ 4,7 bilhões, alta de 12,8% em relação ao mesmo mês de 2021 e encerrou o trimestre com avanço de 10,9% frente ao 1T21. Automóvel somou, em março, R$ 3,9 bilhões e cresceu 28%. No acumulado, registrou progresso de 23,8%, o maior desde 2014, o que resultou em R$ 2,1 bilhões a mais frente ao 1T21.

O segmento de Danos e Responsabilidades registrou R$ 2,1 bilhões em março (+7,8%). No trimestre, cresceu 12%. As linhas de negócio Patrimonial e Transporte, que representam, respectivamente, 24,5% e 16,9% da carteira desse segmento, foram as principais responsáveis pela alta. Individuais contra Danos faturou R$ 1 bilhão em março (+8,9%). Já no acumulado do ano, a variação do segmento foi de 0,6% em relação ao 1T21. O segmento Rural teve sua primeira retração do ano (-5,4%) e levantou R$ 812 milhões no terceiro mês do ano. Apesar disso, no acumulado de 2022, teve evolução de 51% frente aos três primeiros meses de 2021, aumento de R$ 901 milhões, sendo responsável por 17,2% do crescimento do setor de seguros, atrás apenas de Automóvel e Vida. A sinistralidade para o segmento, de janeiro a março de 2022, foi de 236,4%, sendo a única do setor acima de 100%. 

Por fim, Crédito e Garantia obteve, em março, arrecadação de R$ 398 milhões (-1,2%). em decorrência da queda de 10,1% na linha de negócio Crédito, parcialmente compensada pelo crescimento na linha de Garantia (2,8%), que representou 71,3% do segmento no mês. No primeiro trimestre do ano, o avanço foi de 21,3% em relação ao mesmo período do ano anterior em função da evolução do produto Garantia Segurado – Setor Público, que aumentou 18,6%, representando 47% do incremento do trimestre.

Sinistralidade

Em março, o índice de sinistralidade do setor registrou aumento de 4,9 pontos percentuais (p.p.) na comparação com o mesmo mês de 2021, fechando em 57,7%. No primeiro trimestre de 2022, o índice cresceu 15,1 p.p. em relação à taxa registrada no mesmo período do ano passado, devido ao alto impacto do segmento Rural: 64,3%. Se o setor fosse desconsiderado na análise, a taxa de sinistralidade das seguradoras seria de 49,3%, 0,8% acima da base do 1T21, também excluindo Rural. 

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