Os impactos da Reforma da Previdência no futuro das contas públicas

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A MAG Seguros, seguradora de 186 anos especializada em seguro de vida e previdência, participou do XXIV Congresso Brasileiro de Economia, que ocorreu na última semana. Na ocasião, Arnaldo Lima, diretor de Estratégias Públicas da companhia, participou da mesa redonda ‘O Reflexo da Reforma Previdenciária no futuro das contas públicas’. Também estava presente Caroline Teixeira Jorge, assessora parlamentar na Câmara dos Deputados.

No debate, Arnaldo apontou que são inúmeros os desafios a serem enfrentados para equalizar as contas públicas, principalmente em razão do envelhecimento da população. Segundo ele, a previdência é um regime multipilar que deve se atualizar constantemente devida às mudanças demográficas.

Outro ponto evidenciado pelo executivo da MAG Seguros foi sobre a obrigatoriedade da implementação da previdência complementar surgida com a reforma, algo considerado pelo executivo benéfico para os servidores, finanças públicas e desenvolvimento econômico regional.

“A previdência complementar não mais terá impacto na política fiscal dos estados e municípios, já que é uma contribuição definida em regime individualizado e facultativo. Portanto, não existe a possibilidade de déficit ou superávit na previdência complementar dos servidores, todo excedente vai direto para a conta do participante” pontua.

Lima alerta que, apesar dos benefícios, apenas 24 entes federativos têm seu plano de previdência complementar em pleno funcionamento, um número baixo considerando a sua totalidade de 2.155 entes (somando municípios, estados e união).

Ao falar de previsões de futuro, Arnaldo acrescenta que a previdência complementar vai se tornar um dos grandes motores do investimento, pois, considerando suas estimativas, a taxa de adesão do regime será alta por parte dos servidores públicos devido ao benefício financeiro da paridade contributiva.

Ele sinalizou que ao se observar a previdência aberta e fechada, representada por 26% dos ativos financeiros em percentual do PIB, o investimento público no Brasil tem níveis bem baixos. “Sendo assim, pode-se pensar na previdência complementar como uma forma de olhar as necessidades do Estado em inovar em áreas como saneamento, concessões, fundos de investimentos até mesmo em consignado para servidores”, finaliza o executivo.

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