Preço do seguro auto volta a cair em abril, mas aponta tendência de alta para os próximos meses

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Estudo realizado pela TEx leva em consideração o dataset com maior abrangência nacional, utilizado por mais de 20 mil Corretores

A TEx, empresa de tecnologia atuante no mercado segurador, divulga os números de Abril de 2024 do IPSA – Índice de Preços do Seguro Automóvel. De acordo com o estudo, o índice geral de Seguro Auto em abril teve leve queda em relação ao mês anterior de 1,7%, chegando a 5,7%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a redução foi de 18,6%.

De acordo com Emir Zanatto, CEO da TEx, a pequena variação mensal, nesse caso, remete mais a uma estabilidade do que propriamente uma tendência de queda. “O índice de abril é reflexo da redução da taxa de sinistralidade nos últimos meses, já mencionada na última edição”, explica.

Ainda segundo o executivo, a expectativa para os próximos meses é de elevação do IPSA. “Provavelmente teremos uma variação, justamente pelo aumento do total de veículos emplacados ou negociados nos últimos meses (dados FENABRAVE) e os efeitos esperados das catástrofes ocorridas no Rio Grande do Sul causadas pelas chuvas no mercado de seguros”, ressalta.

Taxa de franquia

 O IPSA traz a curva da participação obrigatória do segurado em eventos de colisão parcial (mais conhecida como franquia) dos últimos 13 meses. Essa taxa refere-se a um percentual do valor do veículo, sendo uma forma da seguradora controlar seus custos e ao mesmo tempo fazer com que o segurado cuide do seu próprio bem. “Atualmente, a maioria dos seguros contratados faz uso da franquia reduzida, uma alternativa em que o prêmio aumenta e a participação do segurado diminui, por isso ela é nosso foco aqui”.

O levantamento mostra que após oito meses consecutivos em 5,1%, o índice de franquia caiu para 5,0% em abril de 2024, o que significa uma redução mensal de 2%. “A curva da franquia não apresenta as mesmas oscilações do IPSA e suas variações são geralmente sutis e na mesma direção”, detalha Emir.

Seguindo o movimento do índice geral, ambos os sexos tiveram queda em abril, sendo redução de 3,6% para as mulheres e 1,6% para os homens.

O estado civil também influencia no valor do seguro automóvel. De acordo com o IPSA de abril, as mulheres solteiras (6,3%) pagaram, em média, no seguro auto 28,6% a mais que mulheres casadas (4,9%). Exatamente a mesma distância relativa entre os homens, na qual os solteiros (7,2%) pagaram, em média, no seguro auto 28,6% a mais que homens casados (5,6%).

Dados regionais

A região onde o segurado reside é um fator muito importante na precificação do seguro, pois interfere diretamente nas taxas de roubo e furto. “Em abril pudemos observar que a região metropolitana do Rio de Janeiro pagou 7,0% do valor do carro em seguro, aproximadamente 14,8% mais caro em relação à região metropolitana de São Paulo, a segunda mais cara do ranking, que pagou 6,1%”, destaca Emir.

Especificamente nas capitais analisadas, a Zona Leste de São Paulo apresentou o índice de seguro auto mais caro com 7,5%, sendo 50% mais caro que o índice da Zona Oeste da capital paulista, que pagou 5,0%. Já no Rio de Janeiro, a Zona Oeste (7,0%) pagou 52,1% a mais que a Zona Sul carioca (4,6%).

Na capital mineira, a distância entre a região central (3,6%), primeira do ranking, e a Zona Norte (5,1%), quinta do ranking, foi de 41,7%. Já Recife apresentou uma região mais isolada das outras. A Zona Norte (6,4%), mais cara da cidade, teve um índice 21% acima da Zona Sudoeste (5,3%), a segunda mais cara.

Em relação ao ranking dos carros mais cotados pelo TELEPORT, ferramenta mais usada pelas Corretoras de Seguros no País, o Chevrolet Onix se manteve na liderança com 5,3% do volume total, seguido novamente pelo Hyundai HB20 com 4,6%, Jeep Renegade com 3,3%, Nissan Kicks com 3,1%, e Honda HR-V com 2,8%.

O IPSA também traz uma análise de veículos híbridos, elétricos e à combustão com até dois anos de idade. Após dois meses, o índice de veículos a diesel (4,1%) voltou a ficar mais caro que o referente à gasolina (4,0%). Já nos veículos de propulsões alternativas, ambos os índices seguiram o movimento de redução do índice geral, com elétrico (3,5%) e híbrido (3,0%).

Vale lembrar que o IPSA é produzido com base nos dados do TEx Analytics, ferramenta de inteligência de mercado desenvolvida pela TEx e dividido em quatorze indicadores: IPSA, que mede a inflação geral e leva em consideração segurados de ambos os sexos de todo o país, IPSA por gênero, IPSA por faixa etária, IPSA por estado civil, IPSA por população, IPSA por região, IPSA por idade do veículo, IPSA por tipo de Seguro, IPSA por valor da tabela Fipe, Ranking de mais Cotados por Combustíveis, Ranking de Carros Elétricos Mais Cotados, Ranking de Carros Híbridos mais Cotados, Comparativo do IPSA por Combustível, Ranking de carros mais cotados pelo TELEPORT, e agora com o Indicador de Valor de Franquia.

“A TEx é a empresa com maior volume de dados e maior penetração em Corretoras de Seguros do país. O IPSA reflete um panorama exato do cenário do seguro auto no Brasil”, finaliza Emir Zanatto.

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