Projeções até o fim de 2021

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Apesar da visão menos otimista na economia global, o setor segurador brasileiro continua apresentando bom desempenho, encerrando o sétimo mês do ano com crescimento acumulado de 16,8% (sem Saúde e DPVAT), comparado ao mesmo período do ano anterior. O setor movimentou mais de R$ 172 bilhões em prêmios de seguros, contribuições de planos de previdência e faturamento de capitalização. Em julho, o montante de R$ 27,4 bilhões (sem Saúde e DPVAT) foi 3,2% maior do que o mesmo mês em 2020. Após o movimento de forte recuperação a partir de março/2021, os diversos segmentos do setor de seguros mostram uma trajetória de estabilidade. As informações são da nova edição da Conjuntura CNseg, publicação da Confederação Nacional das Seguradoras – CNseg. 

O bom desempenho no primeiro semestre elevou os percentuais de projeção do setor de seguros, que deve encerrar o ano com crescimento entre 8,5% e 16,3%, de acordo com a publicação.

Para o segmento de Danos e Responsabilidades (sem DPVAT) a perspectiva é de que a evolução gire em torno de 11,1% a 18,2%. Em Cobertura de Pessoas, cujos grupos e ramos de seguros responderam de forma heterogênea à crise em 2020, a previsão é de que o segmento apresente crescimento de 9,4% no cenário pessimista e de 13,7% no cenário otimista.

Na Saúde Suplementar, a expectativa é fechar entre 7,4% e 10,6%. Por último, a projeção para os Títulos de Capitalização também apresentou significativa melhora em relação à divulgação anterior em razão do bom desempenho no primeiro trimestre. Assim, a perspectiva é de que o segmento cresça de 4,7% a 10,8% no ano.

Avaliação

Na publicação, na parte dedicada à conjuntura econômica, a avaliação é que, no primeiro semestre deste ano, a retomada das duas maiores economias do mundo, Estados Unidos e China, influenciou projeções otimistas para o crescimento da economia global, com reflexos nos preços de ativos financeiros e das commodities negociadas internacionalmente.  Porém, um dos primeiros sinais de que o otimismo inicial poderia ter sido um pouco exagerado foi a retomada de medidas restritivas à circulação e às atividades econômicas em diversas regiões do mundo, por conta da variante Delta do novo coronavírus. Ao mesmo tempo, continuam as discussões sobre os efeitos de longo prazo dos estímulos monetário e fiscal realizados durante o pior momento econômico da pandemia – se poderia alimentar aumentos de preços acima de níveis considerados razoáveis.

Em agosto, a divulgação de índices de preços acima do esperado em diversas economias tem contribuído para a crença de que a aceleração da inflação não terá caráter transitório. Caminhoneiros na Grã-Bretanha, portos dos EUA e semicondutores chineses que são base para produção de bens industrializados no mundo inteiro – afetando até a compra de carros novos no Brasil – são alguns exemplos de gargalos associados à pandemia que têm perdurado mais que o esperado, mantendo a inflação ao consumidor alta.

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