SETOR DE CAPITALIZAÇÃO ARRECADOU R$ 21 BI NO ANO PASSADO

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O setor de Títulos de Capitalização cresceu 1,2% em 2018, acumulando uma receita global de R$ 21 bilhões. Os dados, divulgados pela Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), revelam, ainda, um aumento de 0,9% nas reservas técnicas, montante correspondente a recursos de títulos de capitalização ativos, resgatados ao final da vigência ou de forma antecipada, que somaram R$ 29,4 bilhões.

“O mercado reagiu, trazendo mais otimismo, em particular pela aprovação do novo marco regulatório do setor”, diz Marcos Coltri (foto), presidente da FenaCap. Segundo Coltri, o normativo traz mais segurança jurídica e, consequentemente, melhora o ambiente de negócios. Ele destaca, ainda, que as modalidades de capitalização estão cada vez mais presentes na vida das pessoas, seja como solução para a conquista da disciplina financeira, para garantia de contratos, para o exercício da filantropia ou para alavancagem de outros segmentos econômicos, acrescentando que a expect ativa para 2019 é de um novo ciclo de lançamento de produtos.

Ao longo de 2018, as empresas de Capitalização distribuíram R$ 1 bilhão em sorteios, o equivalente ao pagamento de R$ 4,3 milhões em prêmios por dia útil do período. Já o montante relativo aos resgates recuou 3,3%, em comparação ao ano anterior. O setor restituiu R$ 17 bilhões a clientes que levaram seus planos de capitalização até o fim do prazo de vigência, ou para aqueles que optaram por antecipar o resgate de suas economias. “Registramos uma tendência à redução dos resgates antecipados logo no início do ano, movimento que se acentuou ao longo do período, possivelmente como reflexo da melhoria das expectativas em relação à economia”, avalia o presidente da FenaCap.

Mais transparência

Com a edição do novo marco regulatório da Capitalização, em maio, duas modalidades de produtos foram criadas: Filantropia Premiável e Instrumento de Garantia. Na prática, esses produtos já existiam dentro de outras modalidades, mas agora passam a ter regras próprias, trazendo mais transparência às relações de consumo e novas oportunidades de mercado. “Há uma expectativa muito grande do setor no segmento da filantropia, por exemplo.

Muitas das instituições que atuam nessa área, e já são parceiras de empresas de capitalização, acreditam que o potencial para os títulos de Filantropia Premiável é enorme, em vista da forma como a governança dessas operações de transferência de recursos – por meio da cessão de direito de resgate por parte clientes da capitalização – está estruturada e regulamentada, o que confere mais transparência a todo o processo”, avalia Marcos Coltri.

Segundo ele, as possibilidades que se abrem com a regulamentação da modalidade Instrumento de Garantia , com extensão de seus benefícios para qualquer tipo de relação contratual,  também deixaram o mercado bastante otimista.  “Temos convicção de que, com as novas regras,  que começam a valer a partir do próximo mês de abril,  o mercado terá uma ambiente mais favorável para desenvolver novas soluções de negócios com sorteios, a fim de atender a novas demandas dos consumidores,  garantindo, assim, um novo ciclo de crescimento no setor Capitalização.

 

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