Venda de automóveis sobe 101% em abril e alavanca recuperação do setor externo

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A venda de automóveis ao exterior em abril, comparando-se ao mesmo período de 2020, subiu 101,2%, de acordo com informativo publicado pelo Observatório PUC-Campinas. O desempenho da indústria automobilística tem colaborado para a recuperação do setor externo da região, que encerrou o mês com aumento de 57,18% das exportações.

Partes para motores, pneus, bem como peças e acessórios para veículos, foram outros produtos bastante demandados às empresas regionais ligadas à indústria automobilística. As exportações tiveram, ainda, esse crescimento sustentado pelas vendas de outros segmentos, especialmente os dedicados à produção de carnes e medicamentos. Por outro lado, houve queda na transação de agroquímicos e polímeros, por exemplo.

O aumento superior a 50% nas exportações, embora positivo por sinalizar possível retomada do setor externo, pode ser atribuído ao desempenho da pauta no mesmo período do ano passado, quando os impactos da crise sanitária se faziam mais presentes na economia global. Esse valor exportado no mês, equivalente a US$ 376 milhões, é o terceiro mais baixo para abril em 10 anos, justificando a queda da participação nas exportações do Estado de São Paulo.

Em relação às importações, que totalizaram US$ 1,03 bilhão (aumento de 18.14% em relação ao mês de abril de 2020), as principais altas estiveram vinculadas à compra de circuitos eletrônicos integrados, compostos químicos, máquinas de escritório e aparelhos telefônicos. Porém, houve queda no valor importado de agroquímicos, ácido nucleico, entre outros.

Elaborada pelo economista Paulo Oliveira e pelo aluno extensionista Pedro Fidélis com base nos dados divulgados pelo Ministério da Economia, a nota mostra, ainda, que houve crescimento no volume de exportações e importações em relação a praticamente todos os parceiros comerciais. Com exceção da China, as vendas externas de abril subiram para os outros principais destinos, com destaque para Bélgica (456%), Alemanha (106%) e Argentina (44,4%). As altas nas compras de produtos importados foram decorrentes de transações com México (34,03%), Taiwan (32%), França (30%), Coreia do Sul (28%) e China (27%).

No acumulado do ano, depois de consolidados os dados do mês de abril, US$ 4,3 bilhões foram gastos com importações. As exportações, por sua vez, somaram US$ 1,3 bilhão. Essa diferença rende à RMC um déficit comercial de US$ 3 bilhões, valor bem próximo ao déficit estadual, que contabiliza US$ 3,49 bilhões.

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